Comissão que visitou 50 unidades da Educação aponta que o atual protocolo sanitário para o retorno das aulas presenciais é INSUFICIENTE E INCOMPLETO; relatório recomenda suspensão de atendimento das crianças até 3 anos
A Comissão Especial de Estudos (CEE) criada na Câmara Municipal de Araraquara especialmente para acompanhar e fiscalizar o retorno das aulas presenciais na rede municipal de educação emitiu, neste dia 8, seu relatório final com 26 recomendações para a Secretaria Municipal da Educação melhorar procedimentos e protocolos para garantir a segurança sanitária necessária nas escolas. Ou seja: não há segurança atualmente.
Três vereadores compõem a comissão: Fabi Virgílio (PT), Guilherme Bianco (PC do B) e João Clemente (PSDB).
A recomendação mais contundente da comissão é a suspensão ao atendimento das crianças com até 3 anos de idade, pelo fato delas necessitarem de colo, não utilizarem máscaras e não haver condições práticas de manter o respeito ao protocolo sanitário. “Foi verificado nas unidades escolares que a maior tensão, relacionada ao atendimento presencial, se dá na educação infantil e, principalmente, nas primeiras etapas onde não é possível manter o distanciamento social e não se pode fazer o uso de máscara pelas crianças”, diz trecho do documento.
O relatório da CEE tem 42 páginas, com resultados de uma pesquisa ampla realizada nas escolas municipais, conclusões e recomendações. O documento aponta vários problemas que significam falta de segurança sanitária. Um deles é o próprio protocolo sanitário adotado para o retorno das aulas presenciais, que é “INSUFICIENTE E INCOMPLETO”, segundo o relatório.
O protocolo utilizado hoje é idêntico ao apresentado em outubro de 2020, “o que causa questionamentos uma vez que a ciência avançou rapidamente no último período no conhecimento sobre novo coronavírus, além de desconsiderar a existência da nova cepa da COVID-19, chamada P1, que é registrada na maioria dos casos positivados em Araraquara”.
A Comissão faz pelo menos 18 apontamentos em itens do protocolo sanitário que devem ser revistos para garantir segurança nas unidades.
Outro ponto importante do relatório final da Comissão é sobre EPI. Os vereadores identificaram que “84% dos responsáveis das unidades escolares entendem que há necessidade de prover máscaras PFF2 ou N95 para todos os profissionais da educação envolvidos no retorno”.
Esta é uma das 26 recomendações da Comissão para a Secretaria da Educação: “Distribuição de máscaras PFF2 ou N95 para todos os profissionais envolvidos no retorno das atividades escolares, incluindo os trabalhadores terceirizados”.
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