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Foto do escritorSISMAR Sindicato

Greve sanitária da Educação em Araraquara tem recorde de adesões

Movimento ganhou força após a morte da educadora Queli Fernandes e segue na luta pela proteção da vida das pessoas e pela garantia de escolas seguras para todos



Hoje, 5 de maio de 2021, dia que a greve sanitária da Educação municipal de Araraquara completa um mês, o movimento já registra recorde de adesões pela manhã com a participação de quase 30% da categoria, incluindo diretores e diretoras de unidades escolares.


A greve foi decidida em assembleia da categoria com o único propósito de preservar a saúde e a vida dos servidores e de toda a comunidade escolar. Desde então, o prefeito de Araraquara, Edinho Silva (PT) só aceitou conversar com o Sindicato e com os grevistas uma única vez e foi taxativo: as escolas vão continuar abertas e atendendo alunos, mesmo que isso signifique a morte de algumas pessoas, entre elas servidores.

Obviamente não aceitamos esta resposta. O movimento grevista está baseado em estudos científicos atualizados da USP e da Fiocruz que demonstram a falta de segurança no ambiente escolar neste momento da pandemia na cidade. Ao contrário do pensamento do prefeito, a luta da greve sempre foi para salvar vidas, todas. Nenhuma morte é aceitável.

Ainda aguardamos a Prefeitura de Araraquara mostrar em quais estudos se baseia para abrir as escolas.

Mesmo com todos os alertas do Sindicato e de cientistas, muitos servidores não aderiram à greve e a primeira fatalidade ocorreu, justamente com uma servidora que não tinha comorbidades e se protegia porque sabia da gravidade da doença e do poder de contaminação do vírus. Justamente em uma unidade considerada exemplar, nova, bem ventilada. Nesta unidade exemplar, 30% dos servidores se infectaram. Cadê a segurança prometida pela Administração?

A mobilização ganhou força após a morte da educadora Queli Fernandes, muito querida entre os colegas e os pais dos alunos. A partir de agora, o SISMAR espera que a mobilização continue forte nos próximos dias, para que a Prefeitura entenda de uma vez por todas que os servidores não aceitam correr o risco, no local de trabalho, de pegar uma doença que pode matar ou deixar sequelado para o resto da vida (sequelas que estamos começando a entender e que afetam todos os sistemas do nosso organismo, inclusive o sistema nervoso).


Entretanto, mesmo que a adesão ao movimento caia novamente a partir de amanhã, ainda assim, o SISMAR avisa que estará firme na luta, porque sabemos que estamos protegendo a vida das pessoas. A greve é um direito de todos os trabalhadores brasileiros e a greve sanitária é ainda mais protegida pela legislação, pois há risco à saúde e à vida.


O Sindicato tomou todas as providências administrativas e jurídicas para garantir os direitos dos grevistas. Qualquer atitude da Prefeitura para punir grevistas é ilegal e demonstra claramente que este governo que se diz do Trabalhador não é diferente de qualquer outro quando se trata de lidar com os servidores.


O desconto dos salários dos grevistas antes de levar a greve para a Justiça é um caso exemplar de ilegalidade. O SISMAR vai protocolar uma ação coletiva na Justiça exigindo o pagamento correto dos salários imediatamente (ainda hoje, mais informações sobre isso nos canais de comunicação do SISMAR). E, quando que a Prefeitura tiver que ressarcir cada um, quem pagará não será o prefeito, com dinheiro do seu bolso, mas sim os cofres públicos.


Podemos tirar duas conclusões óbvias: 1- que o Edinho não está nem aí para o dinheiro público e 2- que o prefeito do PT não respeita nem trabalhadores em greve.


Estamos nós por nós, com a ciência ao nosso lado.

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