Ela faleceu depois de um mês internada com covid-19; CER onde ela trabalhava teve o maior surto da doença entre as unidades escolares
A luta e o luto se misturam neste momento de dor e sofrimento para amigos e familiares da servidora Kelly Pimentel, falecida por complicações da covid-19 nesta quinta-feira, 20 de maio, depois de um mês lutando contra a doença. Ela deixa marido e filho.
Kelly trabalhava no CER José Amaral Gurgel, no Jd. Adalberto Roxo. Após a reabertura forçada das escolas pela Prefeitura de Araraquara desde 12 de abril, esta unidade teve o maior surto de covid-19 entre todas as unidades municipais de Educação, com pelo menos 12 casos confirmados da doença.
Outra servidora desta mesma unidade, Queli Fernandes, também se contaminou com covid-19 após o retorno das aulas e faleceu dia 2 de maio.
Diante disso, o SISMAR pergunta: Quantas pessoas mais precisarão morrer para o prefeito Edinho Silva fechar as escolas?
O SISMAR está alertando, pesquisadores estão alertando, cientistas estão alertando, especialistas em Educação estão alertando e até políticos do mesmo partido do prefeito estão alertando e, mesmo assim, Edinho mantém as escolas abertas colocando servidores, pais, alunos e toda a população em risco.
Já são duas mortes que poderiam ter sido evitadas. Quantas mortes teriam ocorrido se as escolas estivessem fechadas, quantos vulneráveis morreriam?
É para proteger a vida de todos que os servidores municipais da Educação, organizados pelo SISMAR, estão em greve sanitária, já que não há segurança no ambiente de trabalho a ponto de provocar a morte das pessoas.
Ninguém mais deve morrer pela decisão irresponsável de abrir escolas e outras atividades.
A ciência mostra claramente quais são os parâmetros seguros para retomada das atividades, inclusive escolas: Menos de 70 casos novos por semana e menos de 10% de positivados entre todos os testados, inclusive assintomáticos. Mas não basta só um destes indicadores estar dentro do parâmetro. Ambos os indicadores precisam estar dentro desta faixa para que haja segurança. Explicamos melhor este assunto aqui neste texto (link para nossa matéria de hoje).
A greve é pela vida e todos podem aderir a qualquer momento. Ninguém pode ser obrigado a ir correr risco de vida ao ir trabalhar em uma escola. Quem quiser se proteger, basta não ir trabalhar e assinar a lista de presença da greve que está disponível no site do SISMAR (www.sismar.org) e no face do Sindicato.
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